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15/07/2004 |
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Dados mostram recuperação do emprego |
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Índústria em SP teve contratação recorde em junho; construção recupera postos fechados em 2003, e vagas formais crescem
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O mercado de trabalho já reage ao sinais de retomada da economia e mostra uma forte recuperação, segundo três indicadores que medem o emprego com carteira assinada divulgados ontem. A indústria paulista de transformação chegou ao recorde de contratações em junho, com a criação de 12.124 postos de trabalho. Foi o melhor resultado mensal desde que a pesquisa de nível de emprego da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) foi iniciada, em 1994. A construção civil brasileira também conseguiu recuperar os postos de trabalho perdidos no ano passado, com a abertura de 56,8 mil vagas de janeiro a maio deste ano, segundo informaram o Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e a consultoria GVconsult, a partir de dados oficiais do Ministério do Trabalho. Além disso, o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, disse ontem que o país deve fechar o mês de junho contabilizando aproximadamente 1 milhão de empregos formais criados no primeiro semestre. A estimativa foi feita com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a partir de informações enviadas mensalmente pelas empresas de todo o país.
Recorde histórico A criação de vagas na indústria paulista também foi recorde para o período de janeiro a junho. No primeiro semestre deste ano, o nível de emprego aumentou 1,97% -ou 30.091 postos criados. Esse número supera os 27.416 registrados em todos os meses de 2000, considerado um dos melhores anos para o emprego no país. Para a Fiesp, as comparações dos resultados obtidos pela indústria de transformação devem ser feitas a partir de 2000. Isso porque houve uma mudança significativa no perfil industrial depois do ajuste cambial, em 1999. A antecipação de contratações sazonais -principalmente no setor de sucos e sorvetes (congelados e supercongelados)- e o desempenho positivo de atividades ligadas às exportações explicam o crescimento do emprego em junho, segundo informa a federação das indústrias paulistas. "Segmentos da indústria que tradicionalmente contratam em julho e agosto anteciparam as admissões para junho", afirmou Claudio Vaz, diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp. Essa antecipação ocorreu com mais intensidade no setor de sucos -em especial o de laranja, produzido nas cidades de Araraquara, de Bebedouro, de Limeira e de Matão. Segundo o empresário, as admissões antecipadas também são motivadas pelo crescimento das exportações. "Não podemos afirmar que as empresas estão apostando na melhora do mercado interno. Não sabemos se é uma preparação para circunstâncias melhores [da economia] ou se houve uma antecipação da safra", disse. Apenas no setor de congelados e de supercongelados, o nível de emprego cresceu 18,28% em junho, o que equivale à abertura de cerca de 3.500 vagas. "As contratações feitas em junho foram suficientes para repor as vagas que até então estavam sendo fechadas nesse segmento. Com isso, esse setor registra 2% de crescimento no ano", diz o empresário. Entre os setores que contrataram mais do que demitiram, impulsionados pelas exportações, estão o de curtimento de couros e peles (3,34%), o de calçados de Franca (2,78%) e o de fiação e tecelagem (2,59%). "São segmentos essencialmente ligados às exportações. A reação ainda é pequena nos setores voltados para o mercado interno", disse Vaz.
Emprego na construção O nível de emprego na construção civil brasileira subiu 1,33% em maio em comparação a abril, com a abertura de quase 15,9 mil vagas. Foi o quinto mês consecutivo de crescimento no setor. Só em dezembro de 2003 a construção civil havia fechado 42 mil vagas. Na comparação dos cinco primeiros meses deste ano com igual período do ano passado, o emprego no setor registra aumento de 0,64% -o equivalente a 7.500 postos de trabalho. Em maio, trabalhava com carteira assinada na construção civil 1,21 milhão de empregados no país. Desse total, 363 mil estavam no |
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Fonte: FOLHA DINHEIRO - CLAUDIA ROLLI |
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