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15/10/2004 |
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Cai número de empregados por empresa, revela IBGE |
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A média de pessoas ocupadas por empresa passou de seis pessoas em 1997 para cinco em 2002. No período, o país ganhou cerca de 1,5 milhão de novas empresas. A cada novo estabelecimento, entretanto, foram criadas apenas 3,35 novas ocupações. |
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O Cadastro Central de Empresas, organizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que o crescimento no número de empresas no país nem sempre esteve acompanhado de um aumento expressivo do número de postos de trabalho.
A média de pessoas ocupadas por empresa passou de seis pessoas em 1997 para cinco em 2002. No período, o país ganhou cerca de 1,5 milhão de novas empresas. A cada novo estabelecimento, entretanto, foram criadas apenas 3,35 novas ocupações.
O reduzido crescimento no número de vagas na região Sudeste, de 17,7%, em relação ao crescimento do número de empresas, de 37,9%, justifica a queda na méida de empregados.
A região concentra 51,4% das empresas do país. Apesar disso, o Sudeste perdeu participação --antes tinha 52,8% do total. O pessoal ocupado na região também apresentou queda e passou de 58,4% para 55,6%.
A concentração de empresas no Sudeste ainda é acentuada. Com uma média de 1.484 empresas por município, o desempenho é bem superior ao do Brasil, que tem uma média de 867 empresas.
De 1997 a 2002, o número de empresas no país cresceu 41,6%. Nas regiões Sul e Sudeste, a expansão ficou abaixo da média nacional, com 40,2% e 37,9%, respectivamente.
Os crescimentos mais acentuados foram verificados nas regiões Norte e Centro-Oeste, que aumentaram o número de empresas em 56,2% e 51,4%. A região Nordeste teve um aumento de 50,3%.
Interiorização
O aumento do número de empresas fora das principais capitais ou grandes centros urbanos confirmou a tendência de interiorização da economia.
Para o IBGE, isso refletiu o esforço dos municípios de menor porte em atrair novos investimentos, com incentivos fiscais ou mesmo de infra-estrutura básica. Em todas as regiões do Brasil, o crescimento no número de pessoas ocupadas foi maior no interior do que nas capitais.
Na região Sudeste, houve um aumento de 6,1% no número de trabalhadores de 1997 a 2002 nas capitais. Nos demais municípios, o percentual foi de 25,6%.
O maior percentual de interiorização da produção foi verificado na região Sul, com 81% das unidades localizadas fora das capitais. Em 2002, 30,6% das empresas se localizavam nas capitais. Em 1997, esse percentual era de 32,4%.
Rio de Janeiro e São Paulo foram os Estados que tiveram os menores crescimentos relativos no número de pessoas ocupadas entre 1997 e 2002, de 12,9% e 16,3%, respectivamente, o que contribuiu para reduzir suas participações relativas no período.
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Fonte: Folha Online |
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