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06/10/2005 |
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Cientistas criam |
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Pesquisadores franceses produziram pela primeira vez um "micronadador",cujo modo de locomoção é inspirado nos espermatozóides. |
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Pesquisadores franceses produziram pela primeira vez um "micronadador",cujo modo de locomoção é inspirado nos espermatozóides. A novidade foi divulgada na revista científica "Nature".
A cabeça deste equipamento é um glóbulo vermelho e a cauda, um filamento magnético flexível. Colocada em um campo magnético oscilatório, a cauda ondula seguindo a direção do campo, propulsando o "micronadador".
Essa pequena máquina, elaborada por pesquisadores da Escola Superior de Física e Química Industrial de Paris, "é a primeira versão já obtida de um sistema microscópico autopropulsado", disse o grupo em um comunicado.
Das bactérias aos espermatozóides, os "micronadador" naturais utilizam motores moleculares para fazer girar ou ondear um filamento.
Na escala mícron, o nado somente é eficiente se os dois semiperíodos do movimento do nadador não se sobrepuserem, ou seja, se a "ida" e a "volta" não seguirem o mesmo caminho.
"Essa propriedade, estabelecida pelos físicos nos anos 50, constitui a principal diferença com o mundo macroscópico. A característica se deve à importância que toma a viscosidade em níveis reduzidos. Os ’micronadadores’ naturais respeitam esse princípio", continua o comunicado.
Os pesquisadores criaram um nadador com o formato de um espermatozóide, cuja cauda é um filamento magnético fabricado a partir de partículas paramagnéticas (que se imantam quando colocadas em um campo magnético), ligadas por fios de DNA.
Regulando o número e o comprimento dos fios, eles são capazes de reproduzir a flexibilidade de filamentos naturais. Utilizando um campo magnético alternativo, os pesquisadores imitaram o nado do espermatozóide. À medida que o campo muda de direção, o filamento se movimenta para segui-lo, criando uma onda que se propaga ao longo do filamento e faz avançar o "micronadador".
"Esta descoberta abre novas perspectivas para entender as sutilezas do nado em escala microscópica", disseram os especialistas. |
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Fonte: Folha - da France Presse |
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