O diretor-titular do CIESP/SBC, Mauro Miaguti; e o diretor do departamento de Infra-Estrutura, Percio Rodrigues, entregaram ao secretário adjunto da Secretaria Estadual dos Transportes, Paulo Tromboni de Souza Nascimento, carta de apoio assinada pelo presidente do CIESP, Cláudio Vaz, ao projeto de construção do Trecho Sul do Rodoanel Mario Covas. O documento destaca a importância da obra para indústria da região e foi entregue ao secretário durante Audiência Pública referente ao tema realizada no dia 06 de outubro, quinta-feira, no Teatro Lauro Gomes, em São Bernardo.

Na sua apresentação, o secretário adjunto da Secretaria Estadual dos Transportes, Paulo Tromboni de Souza Nascimento, ressaltou as vantagens da obra para a melhoria da logística da área metropolitana, além da garantia de gestão ambiental, através de 26 programas ambientais para preservação das áreas onde está projetado o empreendimento. Para Nascimento, com o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto do Meio Ambiente (EIA-Rima) já é possível uma deliberação sobre o Rodoanel. "Chegamos no ponto de decisão e se houver uma deliberação favorável temos que passar para o detalhamento do projeto", disse.

O Trecho Sul do Rodoanel terá 57 quilômetros de extensão, atravessando os municípios de Embu, Itapecerica da Serra, São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires e Mauá. O traçado foi escolhido buscando minimizar os possíveis impactos e contribuir para a recuperação das áreas de mananciais. O projeto foi desenvolvido utilizando técnicas avançadas de engenharia que garantem a segurança dos usuários, a redução de acidentes e um balanço ambiental positivo. A implantação do empreendimento está orçada em R$ 2,5 bilhões.

Durante a audiência, também houve o pronunciamento de representantes de ONGs ambientais e entidades civis, que se manifestaram contra a construção do Rodoanel Trecho Sul. As entidades julgam insuficientes os levantamentos do EIA-Rima realizados pelo governo para a implantação da obra. Para essas entidades, a questão da proteção e armazenamento de água, além do avanço da mancha urbana sobre os mananciais, principalmente na região da represa Billings, são cruciais e devem ser priorizadas para que o projeto possa ser deliberado.

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ano I - edição 36 - 10/10/2005