SÃO PAULO – O aquecimento na venda de PCs no Brasil está impulsionando a produção local de placas-mãe.
O mercado de nacional deve chegar a 5,2 milhões de computadores nesse ano. A consultoria IDC explica que outro fator favorável à produção é a redução do mercado cinza de PCs, composto por equipamentos montados com peças ilegais, que caiu de 75% para 65%.
Estima-se que o mercado brasileiro de placas-mãe gire em torno de US$ 300 milhões em 2005. O preço médio do componente varia de US$ 65 a US$ 80.
A Rainbow Computers investiu US$ 5 milhões em uma fábrica em Manaus (AM), que substituirá a atual importação do componente de Miami (EUA). Para isso, a empresa criou a Terra da Amazônia, que fez acordo de transferência de tecnologia e licenciamento de marca da chinesa PC Chips, uma das três maiores fabricantes do mundo no segmento.
A empresa já tem duas linhas de montagem funcionando, uma inaugurada em março e a outra em outubro. Juntas são capazes de produzir 50 mil placas por mês, mas, por enquanto, apenas 40% da capacidade é usada. A empresa afirma que usará toda a capacidade até agosto de 2006 e cogita até uma terceira linha, aumentando a capacidade para 80 mil unidades por mês.
A Digitron da Amazônia, por sua vez, está construindo uma nova fábrica em Manaus. A expectativa é ampliar para 3 milhões o total de placas-mãe fabricadas, 50% a mais que o volume desse ano. No ano passado, a Digitron fabricou 800 mil placas no país.
Outra companhia que está ampliando sua capacidade de produção é a FIC. Com fábrica em Santa Rita de Sapucaí (MG), deve faturar US$ 15 milhões nesse ano. A expectativa é dobra esse valor no ano que vem.
A MSI também investe no mercado de placas-mãe no Brasil, ainda que com uma unidade terceirizada. Recentemente a empresa anunciou que a produção deve chegar a 100 mil unidades em 2006. Além de placas-mãe, a MSI também fabricará placas de vídeo. |