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24/12/2005 |
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Chip furta dados de até 4.000 cartões |
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Já na 11ª geração, eles são capazes de armazenar mais de 4.000 números e senhas de correntistas, ordenar os dados e até transmitir as informações por meio de tecnologia sem fio.
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Medindo cerca de 2x2 cm, os chips que roubam dados de cartões magnéticos em caixas eletrônicos são símbolos da sofisticação tecnológica dos cibercriminosos. Já na 11ª geração, eles são capazes de armazenar mais de 4.000 números e senhas de correntistas, ordenar os dados e até transmitir as informações por meio de tecnologia sem fio. De acordo com a Polícia Federal, os dispositivos são fabricados e programados no Brasil e chegam a possuir proteção contra cópias, para impedir que outros golpistas possam produzir novos chips de forma paralela. Os primeiros chips do gênero foram descobertos em 1996. O kit para roubo de cartões tem, além da unidade para guardar senhas, conectores que interceptam os dados antes que eles sejam codificados pelo sistema do banco. Um cabo transmite os dados que são digitados no teclado do caixa eletrônico e outro copia as informações obtidas pela leitora de cartões. Entre eles, fica o chip, que guarda os dados e depois repassa tudo para o caixa eletrônico continuar a executar as suas tarefas. Durante a operação, o sistema do caixa continua a funcionar normalmente. Para dificultar a vida dos técnicos que fazem a manutenção dos caixas de atendimento automático, os golpistas usam fios e circuitos das mesmas cores e tipos que são encontrados nas máquinas originais. A principal dificuldade dos bandidos é desinstalar os circuitos. Para colocar os equipamentos nos caixas eletrônicos, não são gastos mais do que cinco minutos, mas para retirá-los é preciso saber se a operação não foi descoberta pelo banco. Para evitar riscos, os chips ficam pouco tempo em cada agência e raramente utilizam toda a memória. O especialista nesse tipo de roubo é chamado no jargão policial de "cartãozeiro" e ele não age sozinho. Normalmente o programador de cartões apenas vende o chip, que é instalado por outras pessoas. O dinheiro roubado é usado para pagar boletos bancários de empresas falsas. Em alguns casos, funcionários dos bancos também ajudam nos golpes. Outra prática comum é apenas capturar e depois vender os dados, sem tirar proveito deles. (JB) |
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Fonte: FOLHA |
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