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Se você tem especialização em Java ou sabe desenvolver aplicações baseadas em .Net, ou em qualquer outra plataforma da Microsoft, sua vaga no mercado de trabalho está assegurada. Aqueles com formação nas antigas linguagens de programação para mainframe, como Cobol, CIC, PL1, DB2, Adabas e Natural, também encontram o seu espaço porque muitas empresas, ao contrário do que se imagina, não embarcaram na onda do downsizing e preservaram os chamados sistemas legados para suportar o processamento de missão crítica.
No Brasil, a demanda por profissionais com expertise nessas e em algumas outras ferramentas de desenvolvimento cresce em ritmo alucinante. O problema é que não há tanta gente disponível para suprir as necessidades das organizações.
Somadas à falta de profissionais qualificados, a política de incentivos oficiais ao desenvolvimento de software – lembrem-se, o Brasil quer ser um centro de atração de projetos globais e competir com a Índia –, a crescente indústria nacional de TI e a força de um mercado interno que deve crescer neste ano 14,9%, consumindo 16,2 bilhões de dólares em tecnologia da informação, segundo previsões da consultoria IDC, tornam o especialista em desenvolvimento um artigo raro – e caro – no País.
Paradoxalmente, o investimento em formação ainda é pequeno. E não basta qualificação tecnológica – dominar ao menos o inglês também é fundamental.
Estima-se entre 15 mil e 20 mil o déficit de profissionais qualificados no desenvolvimento de software. Só a BRQ, empresa de serviços de integração e consultoria em TI, por exemplo, tem aproximadamente 500 vagas abertas para programadores especializados em sistemas que rodam tanto em mainframe quanto em plataforma baixa. As oportunidades estão distribuídas por suas fábricas de software em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro.. |
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