A União Européia aprovou uma vacina contra o câncer de colo do útero, doença que mata pelo menos 274 mil mulheres por ano em todo o mundo.
A vacina, chamada Gardasil e fabricado pelos laboratórios farmacêuticos Merck e Sanofi Pasteur, foi elaborado para ser dado a meninas e mulheres entre nove e 26 anos de idade.
Ele protege contra o câncer causado por papilomavírus humano (HPV), variedades 6, 11, 16 e 18, e também contra verrugas genitais.
A vacina compete com o produto Cervarix, da rival sediada na Grã-Bretanha GlaxoSmithKline, que ainda deve esperar um ano por aprovação européia.
O emprego de Gardasil já havia sido aprovado em Estados Unidos, México, Austrália, Canadá e Nova Zelândia.
Brasil
Cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas podem sofrer uma infecção por HPV em algum momento de suas vidas.
No Brasil, a infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais freqüente na população feminina.
Calcula-se que algo entre 10 e 40% das mulheres sexualmente ativas sofram desta infecção no país.
Apesar de menos de 1% das infectadas desenvolverem efetivamente o câncer de colo uterino, a doença representa no Brasil a terceira causa mais freqüente de câncer entre as mulheres, atrás apenas do de pele não-melanoma e do de mama.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, as estimativas da incidência de câncer no Brasil para 2006 apontam a ocorrência de 19.260 novos casos de câncer do colo do útero.
O Instituto Brasileiro de Controle do Câncer afirma que o Brasil é um dos cinco países mais atingidos pelo vírus e alerta que a detecção do HPV e das lesões pré-malignas é tardia no país, já que grande parte das brasileiras não tem acesso aos exames ginecológicos periódicos.
As mulheres podem se proteger contra o HPV realizando exames regulares, fazendo sexo seguro e abandonando o tabagismo. |