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04/07/2004 |
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Mercado aguarda votação da Lei de Inovação |
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Três esferas envolvidas reconhecem que faltam estímulos para empresas investirem em pesquisa |
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Universidade, iniciativa privada e governo concordam que faltam estímulos para que as empresas façam investimentos em inovação e ampliem o mercado de trabalho para pesquisadores. Nesta semana, deve ir à votação no plenário da Câmara dos Deputados o projeto da Lei de Inovação, uma das apostas do governo para fomentar a relação entre empresas e instituições de ensino. "A aproximação vai gerar demanda [por pesquisa]. A empresa dará um salto cultural e também passará a procurar quem produza esse conhecimento", afirmou à Folha o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, que prevê a aprovação da lei ainda neste ano. "Há um entendimento consolidado no governo de que é preciso produzir mecanismos de incentivo à inovação. Historicamente, há um distanciamento entre universidade e empresa", aponta Roberto Jaguaribe, secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Do lado das empresas, de acordo com o secretário, a explicação seria uma cultura empresarial criada com proteção excessiva, concentração exclusiva no mercado interno e pouca demanda por competição. Do lado das universidades, o motivo seria a origem da pós-graduação. "A pós foi criada no Brasil para qualificar pessoal docente, para melhorar o ensino superior", lembra Carlos Benedito Martins, diretor do Núcleo de Estudos sobre Ensino Superior da UnB (Universidade de Brasília). "Me sinto privilegiada", diz Adriana Natalício Capella, 32, bióloga com doutorado em genética vegetal, que dirige o departamento de biologia celular da Alellyx, empresa do Grupo Votorantim. Plinio Cristofoletti, 33, doutor em bioquímica, é pesquisador da mesma empresa e vai todos os dias de São Paulo, onde mora, para Campinas, sede da firma. "Tenho um salário bem competitivo, maior do que seria se eu estivesse dando aulas e fazendo pesquisas na USP." No mercado, entretanto, também é possível achar empresas com posições abertas. "A empresa comporta pelo menos mais um ou dois doutores, mas não encontro quem faça o que preciso", revela Spero Morato, doutor em física, dono da LaserTools. |
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Fonte: FREE-LANCE PARA A FOLHA |
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